16 outubro 2007

Um Julgamento

Geralmente em tribunais, as duas partes envolvidas, são ouvidas.
Além de testemunhas (terceiros).
E no final pode-se chegar o mais próximo da verdade dos fatos ocorridos.
“Culpado ou inocente.”
O juiz escutou os motivos, argumentos e explicações de todos.
E pôde dar a sua sentença.
Mesmo quando o culpado assume e se arrepende, ele não escapa da punição. Mas teve a chance de se redimir, se desculpar e tirar aquele peso das costas (consciência).
Não percebemos, mas isso acontece quase que todos os dias dentro de nossas casas, com amigos, trabalho e afins.
Mas será que antes de acusar seu irmão, de ter deixado a tolha molhada em cima da sua cama, você perguntou se foi ele mesmo?
Será que antes de brigar com seu melhor amigo, por que ele falou de você por ai, você confirmou com ele, que foi realmente ele quem falhou com sua amizade?
Às vezes nos esquecemos disso, pela forma como os fatos chegam até nós. Parece tão seguro, tão concreto... Mas quem nunca se enganou nesta vida? E para proteger ou alertar, passou a informação pra frente sem saber se a sua verdade, também era a do outro?

Por isso eu sempre digo: “Toda história, existe no mínimo, duas versões”.
E quem ama, escuta as duas.

O sofrimento amadurece e quando as pessoas sofrem, elas podem mudar.
Errar é humano, mas perdoar, não são todos que conseguem.
É uma pena que o ser humano só guarde os erros no coração e fazem questão de apagar os acertos. Pessoas passam o tempo todo por nossas vidas e absorver apenas as coisas boas que elas nos trazem, é um dom que poucos sabem. Quanto aos erros, tudo de bom e de ruim que aqui nesta vida fazemos, a mesma nos trás de volta.

A vida nos testa a todo o momento, colocando situações variadas e inusitadas. Onde você tem duas escolhas, por sorte pode acertar. Mas sem saber o que fazer (falta de maturidade), pode errar também.
A maturidade não depende da idade, mas de quanto você já viveu no dia-a-dia.
E as pessoas que nos amam, procuram entender e nos ajudar a guiar sempre pelo caminho do bem.
Mas, e quando se está sozinho?
É... É errando, caindo, levantando e assim vai.
Só que demora mais um bocadinho.

Guardar rancor só vai te deixar pra baixo.
Ame o próximo, você não sabe o dia de amanhã.

1 comentários:

Anônimo disse...

Em linhas gerais eu concordo com que está aí. Mas saliento que esta visão punitiva da vida não agrega, ao contrário, tende a segregar as pessoas em dois grupos: vilão e vítima (culpado e inocente, como você falou).
E como a natureza das pessoas é falhar na auto-análise, dificilmente elas terão a noção exata do erro... e até conseguir forças para superar, há de sofrer e errar mais.

Em contrapartida, a análise, por mais falha que seja, implica em conhecimento, crescimento e amadurecimento.

Sendo assim... sinal verde pra analisar e vermelho pra julgar.

Beijos, moça... cuidado com essas suas palavras aí. Prolifere o que há de melhor em você e não suas mazelas. Nem todo mundo que chega por aqui está bem intencionado. Cuide-se... preserve-se!

11:42 PM